Associação Angrôkrere-Mebengôkre participa de capacitação para ampliar autonomia e influenciar

A capacitação faz parte das estratégias da autonomia e influência na COP 30 para Povos Indígenas da Amazônia
Desde fevereiro de 2025 representantes de povos e populações tradicionais da Amazônia brasileira estão participando em Belém de uma capacitação voltada ao fortalecimento, participação e a influência dos povos indígenas nas discussões da 30ª Conferência das Partes (COP 30), que será sediada em Belém em novembro de 2025.
A iniciativa visa preparar lideranças e representantes indígenas para as complexas negociações climáticas, dotando-os de ferramentas essenciais em comunicação e tradução. De acordo com Xere Kayapó, presidente da Associação Angrôkrere-Mebengôkre, que agrega 37 comunidades em torno do município de Cumaru do Norte, “a capacitação contribui para fortalecer as habilidades de comunicação e negociação das lideranças indígenas, garantindo que suas vozes sejam cada vez mais ouvidas e respeitadas”.
O objetivo é munir os participantes com o conhecimento técnico e estratégico necessário para defender seus direitos e apresentar suas propostas de forma autônoma e eficaz. Durante a capacitação os participantes serão treinados em tradução simultânea e consecutiva, abrangendo o inglês, o espanhol e, pelo menos dez das línguas indígenas mais faladas na vasta Amazônia brasileira.
O projeto “Empoderando vozes pela justiça climática” desenvolvido pela TNC vai além do treinamento em idiomas e negociações, ela também aborda temas centrais relacionados às discussões climáticas, como financiamento climático, mecanismos de REDD+, direitos territoriais, e a importância do conhecimento tradicional indígena na mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Texto: Martha Costa – Jornalista DRT/PA 2974